9/22/2018

SIRENAS

Curta-Metragem em espanhol, com legendas em espanhol e em inglês | 2018 | David Méndez | 6m19s



Sinopse: "Um pequeno acidente, um penso-rápido e as luzes de uma ambulância. Nora tem a sua primeira paixão por uma rapariga nas escadas da casa dos seus avós. Um plano mirabolante fará com que elas se encontrem novamente."


PS: Na verdade esta curta-metragem foi feita para publicitar um aplicativo de encontros para mulheres, mas nem parece até ao final. 😅


Ana (Curta Metragem Portuguesa)




"Uma mulher apaixonada, uma ideia perfeita e um psicólogo vulnerável."



Snapshots

Snapshots | Melanie Mayron | 2018 | Drama | EUA | IMDB



Sinopse: "Quando o passado secreto de uma avó colide com o futuro secreto de sua neta e com o presente raivoso de sua filha, o amor de três gerações pode ser suficiente para aceitar décadas de engano. Tudo começa com um simples rolo de filme."





Estreou no dia 14 de agosto de 2018 nos EUA. Ainda sem data de estreia em Portugal.




Princess Cyd

Princess Cyd | Stephen Cone | 2017 | EUA | IMDB



Sinopse: "Ansiosa por escapar da vida com seu pai depressivo, Cyd Loughlin, de 16 anos, vai passar o verão a casa da tia romancista, em Chicago. Quando conhece uma rapariga da vizinhança, novos sentimentos começam a florir."





Ainda não vi este filme mas pareceu-me interessante. Alguém já viu? Recomendam/Não recomendam?


Rafiki

Rafiki | Wanuri Kahiu | 2018 | Quénia | IMDB






Protagonizado por Sheila Munyiva e Samantha Mugatsia, Rafiki (que significa “amigo” em suaíli) é a adaptação cinematográfica do conto Jambula Tree, da ugandesa Monica Arac de Nyeko, e conta a história de duas amigas que se apaixonam numa Nairobi conservadora e homofóbica, enfrentando a pressão da família, dos amigos e da igreja.

Filme aclamado em Cannes, mas proibido no Quénia, seu país de origem, onde a homossexualidade é punida até 14 anos de prisão. 

Esta proibição foi “temporariamente suspensa” pelo Supremo Tribunal de Nairobi, para que Rafiki possa ser submetido à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, colocando-o hipoteticamente na corrida ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2019. 


Below Her Mouth

Below Her Mouth | April Mullen | 2016 | Canadá | IMDB | Minha Nota: 4/10 👎




Sinopse: "Um romance inesperado rapidamente se transforma numa realidade de parar o coração para duas mulheres, cuja forte conexão muda suas vidas para sempre."





Muito basicamente, este filme é péssimo... (é claro que a doutrina diverge, mas deste lado a opinião que ficou no fim de ver o filme foi esta). A única razão por que alguém recomendaria Below Her Mouth serão as cenas sexuais que de facto são a única coisa interessante... e até é um filme visualmente bonito no seu todo. (ou cenas "íntimas", para não ferir susceptibilidades 🙄). Portanto, se for essa a razão por detrás da vontade de ver este filme podem passar o resto à frente que não perdem nada.

Atuações péssimas e roteiro "mais do mesmo", em que há uma mulher que está noiva de um homem que de repente vê uma lésbica e está o filme montado. Na verdade, não foi a "hétero/lésbica" (sim, porque bissexualidade é uma coisa que não existe...ou se existe não é mencionada logo uma pessoa não sabe se a moça andava só confusa e descobriu a sua orientação sexual agora, ou se era "hetero" e virou "lésbica" que é o que a maior parte destes filmes dá a entender, ou se é bissexual e desta vez em vez de trair o namorado com um homem calhou ser uma mulher).  O que é que eu estava a dizer? 🤔 Ah! Não foi a "hetero" que foi lá cutucar a lésbica, tendo sido mera presa. Ênfase no mera presa, porque mesmo depois de repetidos NÃO's, a outra achou que tinha de continuar a caçar. Mas aparentemente a primeira gostou de ser barrada e perseguida e encostada à parede e ficou toda maluca, rendendo-se à predadora, e já dizia o ditado "so is spaghetti till it's wet". Uma palavra para isto: rídiculo. Outra: perigoso. E é assim que se normaliza o assédio... e é assim que as pessoas ficam a pensar "ah ela disse que não porque se está a fazer de difícil ou porque bla bla bla, eu sei que ela quer mesmo tendo dito que não e é por isso que insisto e vou à luta e que linda história de amor e perseverança..." 🤮 

Anyway, às vezes parece que as pessoas acham que são só os homens que assediam e que quando é  uma mulher a atirar-se e a insistir depois de um não (ou vários) já não é um problema nem representa qualquer ameaça. Péssima personagem e péssima investida. Se bem que se virmos bem é a típica comédia romântica heterossexual versão lésbica que o que não falta por este cinema fora são as investidas abusivas vistas como "grandes provas de amor" (só que aqui com mais sexo). Mas acho que já cada vez se tolera menos, logo façam filmes bons em vez de copiar as coisas más que isto é igualmente mau independentemente do sexo ou género ou orientação sexual.

Depois da perseguição inicial lá ficou tudo bem, amor à primeira vista (apesar de não ter havido desenvolvimento da relação) bla bla bla cena de sexo mais bla bla bla mais sexo e mais bla bla bla (e não houve nenhum desenvolvimentos das personagens no entretanto), até à cena em que o noivo de quem já ninguém se lembrava lá as apanha no ato. Drama Drama Drama. Lésbica lembra-se que é hétero e volta para o noivo mas afinal não é hétero e tinha descoberto o amor e vira lésbica outra vez. Vivem felizes para sempre. The End  (Esta é que devia ser a sinopse... 😅)

Se partirmos do pressuposto de que a personagem é bissexual, retiro a minha crítica da invisibilidade bi e das "heteros" que "viram" lésbicas" e vice-versa e substituo pela crítica da propagação do estereótipo da bissexual que não sabe o que quer e que obviamente que vai trair e obviamente que vai voltar para um homem e obviamente vai acabar por trai-lo novamente com uma mulher e por ai a fora que toda a gente sabe que é isso que os bissexuais fazem...

E se a expectadora não quiser saber disto para nada e só quiser ver um filme que tenha sexo lésbico sem se importar com o péssimo roteiro, a péssima atuação e as investidas abusivas? Então força! Este é o filme indicado! Mas também dá para ir procurar só os vídeos...


Resumindo e concluindo... Péssimo.





PS: Este filme acabou com a minha crush na Erika Linder 😥




Monster

Monster | Monstro | Patty Jenkins | 2003 | Biografia, Crime, Drama | EUA  | IMDB | Minha Nota: 8/10 👍


Sinopse: A infância de Aileen Wuornos foi marcada por abuso sexual e uso de drogas. Na adolescência, ela passou a se prostituir para sobreviver. Quando se mudou para a Flórida, ela conheceu Selby Wall, com que viveu um romance intenso. Certa noite, Aileen foi agredida por um cliente e acabou matando o indivíduo. Este crime deu início a uma série de mortes, fazendo com que ela ficasse conhecida como a primeira assassina em série dos Estados Unidos.



Mais um filme com a Charlize Theron como protagonista! Assistimos a uma grande transformação para interpretar Aileen Wuornos, a sua atuação foi incrível e valeu-lhe 17 prémios, incluindo o Óscar e o Globo de Ouro de melhor atriz. 

Charlize Theron (esquerda) e Aileen Wuornos (direita)


Ao contrário do filme, na realidade a companheira de Aileen chamava-se Tyria Moore e não Selby Wall. A personagem do filme foi interpretada por Christina Ricci.


Christina Ricci interpretando Selby Wall (esquerda) e Tyria Moore, a real companheira de Aileen (direita)


Aileen Wuornos foi presa no dia 9 de janeiro de 1991, no The Last Resort Bar, em Port Orange, na Flórida. Uma semana depois, confessou ter matado sete homens, alegando legítima defesa. Foi condenada à pena de morte em 31 de janeiro de 1992 e executada em 2002.


A Infame Mentira

The Children's Hour | A Infame Mentira | William Wyler | 1961 | EUA | IMDB


Sinopse: "As amigas Martha e Karen administram juntas um internato. Ao ser repreendida por uma mentira, uma estudante problemática vingativa conta à avó que as duas têm um romance secreto. Quando o boato se espalha, a vida das educadoras vira de cabeça para baixo para sempre."

Ainda não vi este filme. Não sei até que ponto as implicações lésbicas são exploradas. Supostamente tratou-se de uma invenção da aluna, mas a verdade é que a personagem Martha (Shirley MacLaine) confessa, numa das cenas do filme, estar realmente apaixonada por Karen (Audrey Hepburn), logo talvez a aluna tenha notado mesmo que algo se passava entre as duas professoras.

Para quem viu o filme "If These Walls Could Talk 2/Amor no Feminino", esta é a cena que estava a passar no cinema quando Edith e Abby dão as mãos (primeiro segmento). 




High Art

High Art | Lisa Cholodenko | 1998 | EUA | IMDB | Minha Nota: 6/10


Sinopse: "Jovem estagiária de uma revista se envolve com uma fotógrafa lésbica e viciada em drogas. Elas exploram-se uma à outra na tentativa de avançar em suas carreiras. Contudo, as duas vão aos poucos se apaixonando."





Bem… eu claramente tenho má memória, pois aqui está mais um filme de que não me lembro. Mas sei que já vi!! E tenho a minha lista de "filmes lésbicos/bis vistos" no imdb para o provar… 😂 (com 66 títulos até ao momento). Em minha defesa, tem acontecido maioritariamente com os filmes que já vi há muito tempo. 😏 Regra geral, filmes a que dei a nota de 6 no IMDB são aqueles de que não gostei o suficiente a ponto de me lembrar deles, mas também não desgostei. Aviso já que vou postar mais filmes vistos de que não me lembro, logo não terei muito a dizer sobre eles. Mas são lésbicos... entram no arquivo. 😆 E como costumo atribuir nota no imdb, no dia em que vi o filme, dá para ficar com uma ideia do quanto recomendo ou não.

De que me lembro eu deste filme? Das atrizes serem agradáveis à vista, de gostar do plot da fotografia, de não gostar do plot das drogas. E só disto… 

Alguém com uma memória melhor que a minha, ou que tenha visto recentemente que informe melhor a malta sobre o que esperar deste filme?



Better Than Chocolate

Better Than Chocolate | Anne Wheeler | 1999 | Canadá | IMDB | Minha Nota: 6/10



Sinopse: "Maggie trabalha numa livraria e dança à noite no bar “Rabo do Gato”. Enquanto batalha para arrumar a sua vida, age de modo ambíguo com a família, sem coragem de assumir que é lésbica. A jornada para romper o jogo de mentiras tem início quando ela se apaixona por Kim e tem que hospedar a mãe recém-divorciada em sua casa."




Not bad, not great. Comédia romântica típica daquelas tardes de domingo (mas com lésbicas). Só me lembro da cena que envolveu pinturas muito artísticas... 😇, de ter uma personagem bissexual e uma personagem transexual e das cenas em que expulsam o casal protagonista do restaurante por causa de um beijo e em que uma mulher transexual é mal tratada num bar lésbico apenas por ser uma mulher transexual a usar a casa de banho das mulheres. 😢 Transfobia is not cool… 😤


PS: a cena em que elas são expulsas, depois da reação inicial até fica engraçada porque o homem diz "if you wanna kiss, get out" e uma delas responde "I am out" 😅 (está no trailer)

PPS: Felizmente, a transfobia não partiu das protagonistas, que apoiaram a sua amiga. Cena importante para mostrar a realidade de que existe preconceito dentro da própria comunidade LGBT.




But I'm a Cheerleader

But I'm a Cheerleader | Jamie Babbit | 1999 | EUA | IMDB | Minha Nota: 7/10


Sinopse: Megan é uma aluna bastante popular, cheerleader e namorada do jogador mais bonito e famoso do colégio. Parte de uma família bastante conservadora, Megan se esforça para desempenhar o seu papel, embora não aprecie muito os beijos do namorado e colecione recortes de mulheres de biquíni. Os pais, desconfiados, contratam os serviços da clínica “Caminhos Verdadeiros”, dedicada a colocar jovens "meio estranhos" na linha. O que deveria ser uma jornada de “cura” transforma-se numa interessante experiência de descoberta para Megan.

Para levar na desportiva. Filme cheio de estereótipos e personagens homofóbicas mas trata-se de uma crítica satírica, ou pelo menos foi assim que interpretei. Achei divertido e tem um final feliz. Para quem viu, que acharam do filme?


PS: Protagonizado por Natasha Lyonne (a Nicky de Orange is The New Black).





Signature Move

Signature Move | Jennifer Reeder | 2017 | EUA | IMDB



Sinopse: "Na casa dos 30 anos, Zaynab (Fawzia Mirza) é uma advogada paquistanesa, muçulmana e lésbica que mora em Chicago. Parveen (Shabana Azmi), sua mãe que recentemente ficou viúva, acabou de se mudar para sua casa e passa os dias assistindo TV e procurando um marido para a filha única. Zaynab se apaixona por Alma (Sari Sanchez), uma mexicana arrojada e brilhante. Rosa, mãe de Alma é uma ex-lutadora, o que encanta Zaynab, que pratica luta livre. Zaynab tenta esconder da mãe a sua vida amorosa e aos aulas de luta que realiza."



Andou por vários festivais antes da sua estreia oficial, no dia 13 de outubro de 2017, nos EUA. Não estreou nos cinemas portugueses. 



When Night Is Falling

When Night Is Falling | Quando a Noite Cai | Patricia Rozema | 1995 | Canadá | IMDB | Minha Nota: 6/10



Sinopse: "Camille é professora em uma faculdade cristã e conservadora em Toronto. Com a triste morte do seu cachorro, Camille é consolada por Petra, uma artista de circo moderno que está de passagem pela cidade. A partir deste encontro com Petra a sua vida começa a mudar. Com um roteiro cheio de simbolismos, Quando a Noite Cai é uma dos mais importantes filmes da cinematografia sáfica. Um filme sobre a transformação, sobre o novo e sobre as mudanças que o amor pode provocar em todas nós."


Outro filme de que já não me lembro. Ficou o sentimento de "not bad" mas, também, nada "por aí além", visto de uma perspetiva atual, apesar de achar que terá sido um marco e um grande filme quando saiu, em 1995, sendo bastante ousado. Gostei muito das cenas do circo e gostei da personagem Petra. Achei a Camille aborrecida mas também que as personagens tiveram uma boa química, fora as hesitações de Camille, apesar de ser compreensível a sua postura. Para quem viu, com que opinião ficaram deste filme?




Lost and Delirious

Lost and Delirious | A Outra Metade do Amor | Léa Pool | 2001 | Canadá | IMDB | Minha Nota: 6/10



Sinopse: Ainda abalada pela perda da mãe, Mary Bradford (Mischa Barton) não consegue comunicar com o pai e a madrasta. Alheios aos problemas emocionais dela, enviam-na para um internato feminino. Aos olhos dos outros, as suas novas colegas de quarto, Paulie (Piper Perabo) e Tory (Jessica Paré), são boas amigas, mas Mary descobre que na realidade são amantes.


Não tenho boa memória do filme, por ter visto há bastante tempo. Lembro-me de não ter gostado do final, mas no geral não ser mau. A nota de 6/10 deve-se ao facto de ser a nota que atribui na altura no IMDB. Vou confiar na minha escolha da altura apesar de já não recordar o suficiente para atribuir uma nota no momento atual. 




A Mi Madre Le Gustan las Mujeres

A Mi Madre Le Gustan las Mujeres | Daniela Féjerman, Inés París | 2002 | Espanha | IMDB | Minha Nota: 6/10 🤙


Sinopse: "Elvira, Gimena e Sol estão na casa de Sofía, sua mãe, para comemorar seu aniversário. Sofía avisa que quer aproveitar a reunião familiar para apresentar às suas filhas o seu novo amor. Conta que é uma pessoa bem mais jovem e que também toca piano. Quando a campainha toca, elas ficam imaginando como deve ser o novo namorado da mãe, e surpreendem-se ao verem que o novo amor de Sofía é, na verdade, uma mulher."


É um filme leve e divertido, nada por aí além, mas vê-se muito bem naquelas tardes de domingo... Eu pessoalmente gosto muito de ver filmes em espanhol/castelhano, claro que depende do filme, mas este gostei de ver. As comédias dramáticas espanholas tendencialmente são muito boas e divertidas (para quem gosta deste tipo de humor, vide filmes do Almodóvar). E creio que nunca tinha visto um filme em que é um dos pais a fazer o "coming out". 



Para quem viu, que acharam deste filme?





The L Word



Foram encomendados 8 episódios para a nova temporada que estreará no final de 2019, segundo informações oficiais do canal Showtime.

As primeiras notícias da realização de um reboot por parte do canal Showtime, surgiram em 2017, confirmando que trariam de volta Bette, Shane e Alice (não havendo confirmação, na altura, de mais personagens a voltar da série antiga).

Falou-se na possibilidade de ignorar a última temporada, devido ao desagrado dos fãs com a mesma, e de iniciar o reboot após a penúltima temporada, portanto. Falou-se, também, na importância em mostrar as diferenças entre a geração atual e a antiga.

As únicas informações confirmadas foram o regresso da série, o número de episódios da nova temporada, a estreia prevista para finais de 2019 e, em jeito de sinopse, que as antigas personagens que regressaram para este revival vão contracenar junto a uma nova geração de personagens LGBTQI, passando por experiências amorosas, desgostos, sexo, obstáculos e sucessos em Los Angeles.


Editado a 01/02/2019



The L Word | 2004 - 2009 | 6T | 70E | Showtime | Criada por: Michele Abbott, Ilene Chaiken, Kathy Greenberg




Sinopse: "The L Word" acompanha as vidas e os amores de um grupo de lésbicas que vivem em Los Angeles. A personagem principal, Jenny (Mia Kirshner), é recém-formada pela Universidade de Chicago, e muda-se para LA para morar com seu namorado, Tim (Eric Mabius). A vida de Jenny dá uma reviravolta quando ela conhece as vizinhas Bette (Jennifer Beals) e Tina (Laurel Holloman), um casal que está prestes a dar o próximo passo e começar uma família, após estarem juntas há sete anos. Numa festa, Jenny encontra Marina (Karina Lombard), a dona de um café local e, de repente, começa a questionar a sua própria sexualidade. O resto do grupo inclui Dana (Erin Daniels), uma jogadora de ténis profissional, Alice (Leisha Hailey), uma jornalista, Shane (Katherine Moennig), cabeleireira que não perde uma oportunidade para conquistar mais uma mulher, e Kit (Pam Grier), meia-irmã de Bette que luta contra o alcoolismo.



Um clássico das séries lésbicas, que provavelmente a maioria das "filhas de sapho" conhecerá e já terá visto. Estreou em 2004 e teve 6 temporadas, tendo acabado em 2009 com um total de 70 episódios. Um verdadeiro marco na representatividade lésbica, numa altura em que provavelmente não havia mais nada do género.

Passou na televisão portuguesa, inclusive recordei-me agora de ouvir uma amiga a contar que a prima (heterossexual) via na altura em que começou a passar e a mãe tendo-se deparado com tal cenário perguntou horrorizada "que estás tu para ai a ver??" ao qual obteve a simples resposta: "lésbicas." 😂

Apesar de ter ouvido falar antes, só vi esta série no meu primeiro ano de faculdade (2013), na sala de minha casa com o computador virado para a parede, sempre com o cuidado de a minha mãe (ao contrário da mãe da prima da minha amiga) ou qualquer outro familiar não se deparar com o mesmo cenário.  😔

É claro que ninguém gosta de ver filmes/séries que possa conter qualquer cena sexual à frente dos pais, mas quando se trata de séries/filmes LGBT, mesmo que todas as cenas sejam completamente inocentes, há sempre aquele receio de sermos "apanhados" quando ainda estamos no "armário" e por vezes mesmo depois de lá termos saído. Por medo de incompreensão ou, por vezes, consequências bem mais graves como acontece a alguns jovens que são expulsos de casa devido à homofobia dos pais.


Tendo visto a série já há alguns aninhos, recordo-me de muito pouco. Lembro-me de não ter gostado da última temporada, nem de ter gostado da maneira como foram "evoluindo" a personagem Jenny que era a minha preferida na 1ª temporada e que acabou por se tornar insuportável. Lembro-me que nos primeiros tempos aparecia sempre uma cena antes da intro em que estava presente uma crítica social, cenas de grande qualidade e importância que acabaram por desaparecer. Lembro-me de não perceber porque é que "toda a gente" tinha uma crush na Shane e de achar que a representatividade bissexual da série deixava muito a desejar... Nomeadamente no que toca às personagens Jenny, Tina e Alice. 

Alice, que seria a única personagem assumidamente bissexual desde início, acabou a série a dizer que era lésbica em pleno tribunal, não sem antes ter proferido uma série de comentários bifóbicos ao longo da temporada. Tina, que antes de conhecer Bette tinha-se relacionado exclusivamente com homens, passou a ser lésbica quando começou a sua relação com Bette (o que poderia acontecer caso não soubesse que era lésbica antes e se relacionasse com homens apenas por pressão social), tendo voltado a relacionar-se com homens quando a relação das duas terminou mas identificando-se, ainda assim, enquanto lésbica (isto é que eu já não percebi...). A bissexualidade foi adjectivada várias vezes ao longo da série como algo "confuso", "inexistente" e até "nojento", inclusive pela própria Alice.  

A representação transexual também deixou muito a desejar. Max, homem trans, antes da transição era um homem hetero (ou uma mulher lésbica?), depois da transição passa a ser um homem gay, para mostrar o que ele gostava era mesmo de pessoas do mesmo sexo, tendo generalizado tal conclusão a que ele chegou a todos os transexuais. Ao longo da sua presença na série também foi apelidado de confuso/confusa. A Alice, numa das suas buscas por um homem, depara-se com uma pessoa que disse ser uma mulher trans lésbica e continua a tratá-la como se fosse um homem, tendo inclusive pressionado para que deixassem o dildo de lado uma vez que ela tinha a "the real thing", algo a que a personagem trans se tinha recusado mas ainda assim Alice achou-se no direito de não atender à vontade manifestada. Abuso sexual? A personagem que se identificava enquanto trans foi uma completa caricatura para efeitos humorísticos, não lhe tendo sido dada qualquer credibilidade.

É uma questão para aqueles debates em que se discute: o que é pior, não haver representação de todo ou haver má representação? 

A qualidade da série foi realmente diminuindo ao longo das temporadas, mas feitas as contas, o balanço acaba por ser positivo, dada a visibilidade que alcançou e todas as barreiras que foi quebrando e também é um bom entretenimento. Tendo em conta a época, toda a representação foi pioneira e possibilitou a que, pelo menos, conhecêssemos a existência de pessoas LGBT e a que pudéssemos começar a refletir sobre estas questões.

Espero que no revival corrijam as más representações da primeira série, que não seriam admissíveis na atualidade, tendo em conta a maior informação e consciência que, felizmente, fomos desenvolvendo.



Para quem viu, que acharam da série? Concordam ou discordam do que escrevi? 
Que acham do regresso de The L Word e que esperam deste revival? 🙂





Waverly e Nicole (Wynonna Earp)



Aparentemente, o Youtube sabe que gosto de mulheres... 🤔 Então, de vez em quando, sugere-me vídeos de mulheres a beijarem-se... 🤷‍♀️ Um dia calhou a clicar num vídeo das personagens Waverly e Nicole, da série Wynonna Earp. 

Para quem não sabe, existem canais no youtube que cortam as cenas todas em que as lésBIcas entram  e contam a história conjunta das personagens. Isto surgiu para as lésbicas e bissexuais desta vida poderem deixar de ver séries más, que apenas viam porque eram das poucas que tinham personagens que as representavam. E às vezes nem apareciam assim tanto... mas aqueles breves momentos já eram uma representação enorme (face à falta de melhor) e é incrível o sentimento que se tem quando nos sentimos finalmente representados num mundo que teima em invisibilizar a nossa existência (até que a série ganhava fama pela polémica e assim que atingiam as visualizações que queriam e para agradar as massas matavam uma das personagens e a outra voltava a relacionar-se com homens...) Assim, em em vez de se ver 10 temporadas de uma série horrível pelos 10 minutos totais em que as lésbicas apareciam, fazia-se um vídeo de 10m para o youtube "et voilá". (Felizmente, isto soa-me a exagero face à representação que vai surgindo atualmente, but still...).

Continuando, vi um vídeo, fui procurar pela série, li a sinopse, fui ver os comentários no banco de séries, que eram genericamente positivos e diziam que fazia lembrar "Lost Girl", e decidi começar a ver. Ainda bem! Porque tornou-se uma das minhas séries favoritas.

Wynonna Earp é uma série de fantasia (daquelas com demónios e coisas assim...), que tem como sinopse a seguinte: "A tetraneta de Wyatt Earp, uma especialista em armamentos e portadora de poderes especiais, vive para levar a justiça ao mundo paranormal com a ajuda de amigos esquisitos. De volta a Purgatory, sua cidade natal, ela deve impedir que as almas ressuscitadas de criminosos já derrotados em vida tome conta da cidade e, mais tarde, do mundo."

Basicamente os "criminosos ressuscitados" são demónios (ou revenants) que Wynonna tem de matar para acabar com uma maldição. Os efeitos especiais de quando ela os mata são hilariantemente maus. 😅 Benvindos ao canal Syfy... onde péssimos efeitos especiais fazem parte do seu charme e são adorados por todos os fãs. 😂

A Wynonna (interpretada por Melanie Scrofano) é uma excelente "matadora de demónios". 😎 É forte, independente, boa com armas e em luta e detentora de um sentido de humor sarcasticamente afiado, que a poderá meter em confusões... (entre outras características que me fazem adorar a personagem). Aliás, todas as personagens da série são incríveis e o protagonismo está bem dividido (não me recordo se já era assim na 1ª temporada, já vai na 3ª), e adoro o humor da série no geral (mas não é de comédia, é fantasia deliciosamente divertida). Aproveito para deixar um agradecimento (que ela nunca vai ver 😅) à criadora da série, Emily Andras. (Era só para ficarem a saber quem é a criadora).


Voltando às personagens que nos trouxeram aqui: Wavery Earp e Nicole Haugh (Pronuncia-se HOT 😁), interpretadas pelas atrizes Dominique Provost-Chalkley e Katherine Barrell, respetivamente. Waverly é irmã de Wynonna e Nicole faz parte da polícia de Purgatory. Este casal é representado com a mesma naturalidade e (atualmente) protagonismo das restantes personagens. 

Creio que a Nicole apareceu no 3º episódio (ou por volta disso) e a química entre as duas é inegável desde então. Nicole não tinha tanto destaque no início da série mas foi ganhando cada vez mais protagonismo ao longo das temporadas. Waverly e Nicole formam um dos casais mais adorados na comunidade lésbica dos EUA e Brasil, tendo as atrizes estado presentes em vários festivais LGBT ou eventos exclusivos da série em que falaram de representatividade, em ambos países. 

São incríveis, como todas as personagens regulares da série, onde cada um vai tendo a sua própria história e importância na mesma. Para mais informações vejam a série ou vejam os vídeos do youtube. 😅


Waverly e Nicole - spoilers, spoilers e mais spoilers


No restante elenco regular temos Xavier Dolls (interpretado por Shamier Anderson), um agente especial que recrutará Wynonna para a unidade secreta que investiga o paranormal, e Doc Holliday (Tim Rozin), antigo parceiro de Wyatt Earp que foi amaldiçoado com vida eterna e deixado preso num poço subterrado, por uma bruxa. Ainda que apareçam com menor regularidade, sãode mencionar também o revenant (demónio) Bobo Del Rey e o Xerife Nedley. Posteriormente, também aparece na série Jeremy Chetr, que ajuda os restantes com as suas investigações. (Varun Saranga). 

Atores que interpretam Nicole, Doc, Wynonna, Jeremy, Waverly e Dolls, respetivamente
Xerife Nedley
Bobo Del Rey








(Trailer da série em inglês)