9/15/2018

Poema de Frances Power Cobb




Amiga da minha vida! Sempre que os meus olhos
Repousam com surpresa súbita e grata
Nas paisagens de terra e ar da natureza
Sublimemente grandiosa, ou docemente bela,
Quero-te, Mary!

E Quando chegam as noites de Inverno
Junto à nossa lareira alegremente aconchegadas
Com a nossa querida Rapariga de Rembrandt, tão morena,
A sorrir-nos serenamente,
Quero-te, Mary!

Doravante, quando a maré descer lentamente,
E a idade esgotar a minha força e orgulho,
E os olhos fracos e a mão trémula
Deixarem de obedecer ao comando da minha alma,
Quero-te Mary!

Porque, oh! Se depois das portas da Morte
Se abrirem para mim as Desconhecidas
Alegrias Imortais que são concedidas aos anjos
Nas alturas sagradas do Céu,
Quero-te, Mary!


Frances Power Cobb, 1873




(Li este poema no livro "A Arte do Amor entre Mulheres")


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