Se clicaram no link do livro "A Arte do Amor entre Mulheres", que disponibilizei no post anterior, na sinopse aí constante viram que:
"Os Livros de Cabeceira constituíram, ao longo dos séculos, uma oferta tradicional que era trocada entre amantes: o seu nome provém das cabeceiras japonesas de madeira lacada, dentro das quais estas obras de instrução e diversão erótica, com pequenas mas convenientes dimensões, eram habitualmente guardadas".
Neste post quero deixar-vos alguns dos versos que constam deste livro de cabeceira:
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22
Noites Loucas - Noites Loucas
Eu contigo
Noites Loucas deveriam ser
A nossa Luxúria!
Remando no Éden
Ah, o Mar!
Quem me dera ancorar - Esta noite -
Em Ti!
- Emily Dickinson (f. 1886)
Poema 249
Noites Loucas - Noites Loucas
Eu contigo
Noites Loucas deveriam ser
A nossa Luxúria!
Remando no Éden
Ah, o Mar!
Quem me dera ancorar - Esta noite -
Em Ti!
- Emily Dickinson (f. 1886)
Poema 249
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| Katherine Philips |
25
A alegria de um noivo ou de um conquistador da coroa
Não podem ser comparadas à minha:
Eles não têm se não pedaços da terra,
Eu tenho o mundo inteiro em ti.
Por isso deixa as nossas chamas continuarem acesas e a brilhar
E não controles nenhum falso medo
Tão inocente como o nosso desígnio
Imortal como a nossa alma.
- Katherine Philips
«À minha querida Lucasia», 1661
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29
Cabeça dourada ao lado de cabeça de ouro
Como dois pombos num ninho
Aninhados nas asas um do outro,
Descansam na sua cama velada.
Face contra face e peito contra peito
Enlaçadas, num só corpo.
Sentiste a minha falta?
Vem beijar-me,
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| Christina Rossetti |
Como dois pombos num ninho
Aninhados nas asas um do outro,
Descansam na sua cama velada.
Face contra face e peito contra peito
Enlaçadas, num só corpo.
Sentiste a minha falta?
Vem beijar-me,
Não te impressiones com as minhas contusões,
Abraça-me, beija-me, suga os meus sucos,
Espremidos para ti de frutos de duende,
Polpa de duende e gotas de duende
Come-me, bebe-me, ama-me;
Laura, faz de mim o que quiseres.
- Christina Rossetti
Abraça-me, beija-me, suga os meus sucos,
Espremidos para ti de frutos de duende,
Polpa de duende e gotas de duende
Come-me, bebe-me, ama-me;
Laura, faz de mim o que quiseres.
- Christina Rossetti
Mercado dos Duendes, 1859
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63
Amiga da minha vida! Sempre que os meus olhos
Repousam com surpresa súbita e grata
Nas paisagens de terra e ar da natureza
Sublimemente grandiosa, ou docemente bela,
Quero-te, Mary!
E Quando chegam as noites de Inverno
Junto à nossa lareira alegremente aconchegadas
Com a nossa querida Rapariga de Rembrandt, tão morena,
A sorrir-nos serenamente,
Quero-te, Mary!
Doravante, quando a maré descer lentamente,
E a idade esgotar a minha força e orgulho,
E os olhos fracos e a mão trémula
Deixarem de obedecer ao comando da minha alma,
Quero-te Mary!
Porque, oh! Se depois das portas da Morte
Se abrirem para mim as Desconhecidas
Alegrias Imortais que são concedidas aos anjos
Nas alturas sagradas do Céu,
Quero-te, Mary!
- Frances Power Cobb (f. 1904)
Poema, 1873
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O livro tem mais poemas, quadros e outros excertos e pode ser adquirido AQUI.

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