A ILGA Portugal atribui anualmente os Prémios Arco-Íris como forma de reconhecimento e incentivo a personalidades e a instituições que, com o seu trabalho, se distinguiram na luta contra a discriminação em função da orientação sexual, identidade/expressão de género e características sexuais, contribuindo para a afirmação dos direitos das pessoas LGBTI em Portugal.
A edição deste ano, como podem ver na imagem acima, ocorrerá no dia 12 de janeiro, pelas 21h30, no Mercado da Ribeira. Deixo-vos o link do evento AQUI. Podem consultar o historial dos prémios arco-íris na página oficial.
The Ten Rules | Michelle Paradise | 2002 | 29min | Comédia
Sinopse: Jennifer parece ter tudo: uma família feliz, grandes amigos, e a capacidade de administrar “Os 10 Princípios” de ser uma lésbica com facilidade. Mas uma coisa está em falta, e é a única coisa que ela queria há anos: a chance de ficar com o amor da sua vida… Uma curta-metragem cómica, sobre as dez regras de sobrevivência de uma lésbica.
Em 2007 foi lançada a série "Exes & Ohs", tendo por base esta curta-metragem.
Sinopse: "Passada no submundo do crime de Los Angeles, Girltrash! é uma websérie de 2007, com 11 episódios, que conta a história de cinco garotas que fazem qualquer coisa para conseguir o que querem, mesmo que isso signifique trair a melhor amiga e antiga amante".
Girltrash: All Night Long | Alexandra Kondracke | 2014 | EUA | Comédia, Crime, Musical | IMDB | Minha Nota: 5/10
Sinopse: "Girltrash: All Night Long é um musical em que cinco garotas saem para uma noite memorável de confusões e rock and roll. O filme conta com a participação de Gabrielle Christian e Mandy Musgrave (Spashley) e também de Rose Rollins (Tasha Williams de The L Word) ."
Sinopse: South of Nowhere conta a historia de Spencer, uma adolescente que se muda com a família, de Ohio para Los Angeles. No primeiro dia de aulas, ela conhece Ashley. As duas começam a sair juntas e Spencer começa a questionar a sua sexualidade.
South of Nowhere, que esteve no ar entre 2005 e 2008, foi a primeira série adolescente com um casal homoafetivo como protagonista. Teve um total de 44 episódios, divididos em 3 temporadas.
Para além de abordar temas importantes do mundo LGBT, abordava também outros temas como racismo, aborto, adoção, drogas, bebida, gravidez na adolescência, sexo, violência nas escolas, porte de arma, pressões sobre o futuro, faculdade, traição e religião, tudo de forma responsável e delicada, de maneira a desconstruir tabus.
Sinopse: "A série narra a história de uma família formada por duas mães, Stef e Lena. Juntas, cuidam dos filhos Brandon, filho biológico de Stef com Mike, seu colega de trabalho e ex marido, e Jesus e Marianna, filhos adotivos que foram abandonados pela mãe biológica ainda bebés. Um dia, Lena esbarra com Callie, uma adolescente problemática, e resolve acolher a menina. Callie provoca problemas de relacionamentos, e só se preocupa em resgatar seu irmão de sangue de 13 anos Jude, que também vive em um lar adotivo e sofre maus tratos."
Encontra-se já finalizada, após 5 temporadas e 104 episódios. Foi criado um spin-off com o nome de "Good Trouble", protagonizado por Callie e Marianna.
É uma série que aborda diversos temas de elevada importância e que eu gostei muito de ver apesar de achar que foi perdendo qualidade ao longo das temporadas, especialmente devido aos constantes dramas a rodear Callie, que tornaram a série bastante repetitiva e cansativa.
As mães não tiveram tanto espaço na série quanto os seus filhos (que são o foco da série e até têm uma vida sexual mais completa que a das próprias mãe), e os filhos foram personagens que pouco se desenvolveram face ao que seria de esperar.
Ainda assim, é uma série que vale a pena ver, pelos temas que aborda e por nos mostrar que uma família com duas mães é uma verdadeira família, onde existe amor e companheirismo e até dramas familiares como em qualquer outra família.
Contamos, também, com outras personagens LGBT, nomeadamente: Jude, um dos filhos adotivos de Stef e Lina, irmão biológico de Callie, que se descobre homossexual ao apaixonar-se por Connor. Ao longo da série Jude também teve um relacionamento com Noah, e chegou a flertar com um colega youtuber chamado Declan; Cole e Aaron, dois rapazes transexuais interpretados pelos atores transexuais Tom Phelan e Elliot Fletcher, respetivamente;
E ainda Ximena, que se começa a apaixonar por Callie com quem chega a trocar um beijo, momento desnecessário para a série e que me irritou bastante uma vez que ficou "esquecido em churrasco" e uma série como estas não merecia este queerbating.
Se me tiver esquecido de alguma personagem façam o favor de mencionar nos comentários.
De salientar, ainda, que o nosso casal de mães é um casal multirracial e que também foram abordadas questões raciais e culturais ao longo da série.
A última temporada, tendo-se passado na mesma altura em que surgiam as notícias sobre a imigração nos EUA, não deixou de abordar este tema, de forma responsável e corajosa.
Teve os seus altos e baixos, mas o último episódio (antes dos três episódios que fazem a ponte para com o spin-off "Good Trouble") lembra-nos perfeitamente do porquê de termos visto a série completa e de que irá deixar saudades. Adorei ver a passagem dos anos e as graduações de todos os filhos. 😊
Durante o decorrer da série, a ABC Family também lançou uma websérie spin-off de The Fosters, com o título de "The Fosters: Girls United". Em cinco episódios, seguimos as moradoras da casa das Girls United a um novo país. ("Girls United é uma das casas que acolhe jovens raparigas sem família, que Callie frequentou por uns tempos). Maia Mitchell, Daffany Clark, Cherinda Kincherlow, Annamarie Kenoyer, Alicia Sixtos, Hayley Kiyoko e Angela Gibbs formam o elenco da websérie.
Mercy | Tali Shalom-Ezer | 2017 | Drama/Romance | IMDB
Sinopse: "A história gira ao redor de Lucy (Elliot Page), filha de um homem que está no corredor da morte, que se apaixona por Mercy (Kate Mara), uma mulher do lado oposto da causa política de sua família".
Estreou em 2017, no Festival Internacional de Cinema de Toronto, tendo integrado outros festivais em 2018. Ainda sem data de estreia oficial.
Sinopse: "Frankie (Ruta Gedmintas), uma irreverente fotógrafa que evita toda a espécie de compromissos, volta a Glasgow para o funeral de tia, Carol. Órfã desde criança, ela foi criada pelos tios, que sempre a trataram como uma estranha. Depois de dois anos a viver em em Nova Iorque, Frankie entra novamente em contato com o tio, Cameron (Tom Mannion), e com Cat (Laura Fraser), amante que ela abandonou quando a relação começou a ficar séria. Aparentemente bem resolvida, ela vive numa ‘montanha-russa’ emocional. Bissexual, mas Frankie usa os homens apenas para o sexo, pois é com as mulheres que mantém relações amorosas."
A série escocesa, que esteve no ar entre 2010 e 2012, teve um total de 12 episódios e duas temporadas. Acabou por ser cancelada devido à saída das atrizes protagonistas para outros projetos.
Sinopse: "Sentindo-se cada vez mais incomodada com sua vida de casada pacata, a terapeuta Jean Holloway desenvolve uma fascinação secreta pela ex-namorada de um paciente".
Ouvi algumas críticas negativas sobre esta série e, honestamente, não as compreendo. Eu gostei muito e fiquei triste quando vi que tinha sido cancelada após a primeira temporada (com 10 episódios).
Jean é uma personagem extremamente complexa, que estava apenas a aquecer, tendo começado a explodir no final da série, antevendo uma segunda temporada fantástica que, infelizmente, não chegou a acontecer.
Sidney é de facto fascinante, percebendo-se exatamente o porquê da fixação do paciente de Jean com a ex-namorada e essa mesma fixação em Jean que também acaba por desenvolver uma enorme atração por Sidney.
Jean certamente que precisaria muito mais de terapia do que qualquer um dos seus pacientes.
Gypsy é uma série que recomendo, apesar das críticas negativas. A química entre as duas personagens é incrível e o enredo de suspense psicológico à volta da série e à volta de Jean está bem construído.
The Bisexual | 2018 - | Desiree Akhavan, Rowan Riley | Reino Unido | Comédia/Drama
Trailer em inglês
Sinopse:
"Após dez anos, Leila (Desiree Akhavan) vê chegar ao fim a sua relação amorosa com Sadie (Maxine Peake), sua companheira e sócia de empresa. Ao mudar de apartamento, a protagonista vê a sua vida tomar um novo rumo quando conhece o seu novo colega de casa — Gabe (Brian Gleeson), um romancista neurótico outrora bem-sucedido e cuja única colega de casa foi a sua mãe.
É com a ajuda de Gabe que esta nova-iorquina passa a deambular pela cidade de Londres com um novo acrescento à sua sexualidade: figuras masculinas. Vemos então Leila a entrar numa espiral repleta de encontros com homens e mulheres. Atrelado a esta mudança, surge assim o sentimento agridoce de se assumir como bissexual perante a sua melhor-amiga Deniz (Saskia Chana) e restantes amigos.
Sob o formato de comédia, é ao longo deste enredo que nos surge um retrato pronto a provocar o riso. The Bisexual propõe assim uma visão nua e crua deste “último tabu” — a bissexualidade — bem como todos os preconceitos, equívocos e estigmas que o cerca"
- Banco de Séries
A série estreou no dia 10 de outubro, no Reino Unido. A primeira temporada teve 6 episódios. Da mesma realizadora do filme "Appropriate Behavior" (Desiree Akhavan), que atua em ambas criações e que também realizou "The Miseducation of Cameron Post". Podemos também ver no elenco e protagonista do "Diário Secreto de Miss Anne Lister" (Maxine Peake)
Becks | Daniel Powell, Elizabeth Rohrbaugh | 2017 | Drama, Musical, Romance | EUA | IMDB
Sinopse: Depois de um fim de namoro horrível, uma cantora e compositora de Brooklyn volta para a sua terra natal para morar com a mãe. À medida que ela anda pela cidade, onde toca por gorjetas no bar de um velho amigo, um relacionamento inesperado começa a ganhar forma.
Becks estreou em 2017 em alguns festivais, mas a sua estreia oficial foi em fevereiro de 2018.
PS.: As fãs da Hayley Kiyoko podem vê-la neste filme 😛
Sinopse: "Duas mulheres insatisfeitas com as mentiras e infidelidades de relacionamentos fazem um pacto de passar 24 horas juntas, na esperança de achar uma maneira nova de criar intimidade e vulnerabilidade".
Sinopse: No fim de semana da sua despedida de solteira, uma das noivas revela inesperadamente que nunca teve um orgasmo.
A premissa é interessante. O filme não. Gostei da parte em que cada personagem falou sobre o seu primeiro orgasmo (ou falta dele). Seria uma boa ideia para um documentário. Não se aproveita mais nada.
The Miseducation of Cameron Post | Desiree Akhavan | 2018 | EUA | IMDB
Trailer Legendado
Sinopse: "Cameron Post (Chloe Grace Moretz) é enviada pela tia para um centro religioso que afirma curar jovens atraídos pelo mesmo sexo, mas para se submeter ou não ao suposto tratamento, a adolescente precisa antes descobrir quem é de fato."
Filme baseado no livro com o mesmo nome, de Emily Danforth. Ainda sem data de estreia em Portugal.
Conhecido no Brasil como "O Mau Exemplo de Cameron Post".
Teresa e Isabel foi, durante longos anos, uma obra banida, um manuscrito recusado pelos directores literários, em função de uma moral convencional que os fazia achar escandalosa a descrição sem barreiras de uma sensibilidade feminina. Hoje, pode enfim ler-se o livro tal como Violette Leduc o concebeu originalmente, com as suas páginas inéditas, ao mesmo tempo ásperas e preciosas, a sua linguagem nua e violenta que revela uma liberdade de tom que, até aos anos cinquenta, nenhuma mulher escritora ousara assumir.
Teresa e Isabel, que Violette Leduc começara a escrever em 1948, incentivada por Simone de Beauvoir, constituía a primeira parte de um romance, Ravages, proposto às Éditions Gallimard em 1954. Considerado impublicável, o romance foi então censurado pelo editor. No início dos anos sessenta, a autora integra por isso uma parte deste texto no terceiro capítulo do seu romance La Bâtarde. A outra parte é publicada autonomamente em 1966. E só hoje a obra recupera a sua coerência inicial e a sua continuidade.
Narrativa do amor de duas jovens colegiais, Teresa e Isabel baseia-se na história de uma das três paixões experimentadas por Violette Leduc na sua vida real. A sua recusa pelo editor mergulharia a autora num longo e doloroso processo depressivo, que apenas a sua consagração como escritora, ocorrida cerca de dez anos mais tarde, permitiria superar.
PS: Para quem está por Lisboa, podem fazer como eu e comprar este livro na livraria da estação do Cais do Sodré por 1,50€. Provavelmente, também estará disponível nas livrarias de outras estações de metro. 😊
Vita and Virginia | Chanya Button | 2018 | Biografia, Drama, Romance | Reino Unido |
Sinopse: "Londres, 1922. A poetisa, romancista e paisagista Vita Sackville-West, de origem aristocrata, torna-se célebre não apenas pela sua arte, mas também pelo seu temperamento exuberante, o seu casamento inabalável com Harold Nicolson e as suas apaixonadas relações extraconjugais com outras mulheres. Quando conhece Virginia Woolf, uma das mais proeminentes figuras da literatura da época, fica fascinada com a sua sensibilidade e inteligência. Embora casada e feliz, Vita não descansa até conquistar a atenção de Virginia. A relação entre elas vai ser motivo de inspiração para "Orlando", uma das mais conhecidas obras de Woolf".
Sinopse: "Vívian é uma professora de inglês reprimida que vai a Reno para um divórcio rápido em 1959, onde conhece Cay, uma jovem bonita que trabalha num casino. As duas desenvolvem uma amizade que desperta desejos em Vívian que ela não pode mais negar."
Iniciativa da Rasan Organization, organização não governamental pela defesa das Mulheres e direitos LGBT+ no Iraque. A organização já teria pintado murais como estes em 2017, mas todos foram vandalizados. Não desistiram e conseguiram uma autorização do governo para pintar novos murais. A organização All Out angariou dinheiro com as doações dos seus membros para ajudar a Rasan a colorir cidade com as cores da igualdade.
Sinopse: "Às vésperas do seu casamento, Tala conhece e se apaixona por Leyla, uma jovem de ascendência indiana e britânica, que sonha em tornar-se escritora. Apesar de residir em Londres, Tala tem de enfrentar o peso das tradições do seu país, a Jordânia, onde a sua família se dedica integralmente à preparação do casamento."
Um clássico dos filmes lésbicos.
PS.: Filme adaptado do livro com o mesmo título, escrito pela própria Shamim Sarif (sem versão portuguesa).
PPS:Shamim Sarif também escreveu o livro "The World Unseen", sendo a edição portuguesa intitulada de "O Mundo Invisível", que adaptou, igualmente, a filme, protagonizado pelas mesmas atrizes de "I Can't Think Straight".
The World Unseen | Shamim Sarif | 2007 | Drama, Romance | África do Sul, Reino Unido | IMDB | Minha Nota: 6/10
Sinopse: "Um drama centrado em duas mulheres envolvidas num perigoso relacionamento durante o Apartheid na África do Sul."
Já não me lembro bem deste filme. Tenho a sensação de que gostei mas não adorei. A nota 6 parece-me baixa para quem, ao rever o trailer e a sinopse, ficou com vontade de ver outra vez. 🤔
PS.: O filme "I Can't Think Straigh" é da mesma realizadora e é, também, protagonizado pelas mesmas atrizes.
PPS: Shamim Sarif é também escritora, tendo escrito os romances "The World Unseen", cuja versão portuguesa se intitula de "O Mundo Invisível" e "I Can't Think Straigh" (sem versão portuguesa), antes de os adaptar a filmes.
Sinopse: As atrizes Mel Béart (Luciana Bollina) e Liz Malmo (Ana Paula Lima) conhecem-se durante as gravações de uma curta-metragem e acabam por levar para a vida real o envolvimento amoroso que vivem na ficção, como Scarlet e Simone.
2014 - presente | Brasil
Red foi a primeira websérie com temática lésbica do Brasil. À medida que foi ganhando fãs e aumentando de orçamento com o apoio dos mesmos, nota-se uma grande evolução na mesma. A banda sonora é incrível! Deixo a soundtrack oficial das 1ª e 2ª temporadas AQUI. Deixo a playlist mais completa que encontrei AQUI. Os episódios podem ser vistos nos links abaixo:
Sinopse: "Piper Chapman (Taylor Schilling) é condenada a 15 meses de prisão por ter cometido crimes para a sua ex-namorada, a traficante Alex Vause (Laura Prepon) — que não vê há mais de uma década. Piper troca a sua vida confortável de Nova York, com o noivo Larry (Jason Biggs), pelo macacão laranja, e cumpre a sua sentença na Prisão Feminina de Litchfield. Para sobreviver, ela precisa de aprender a conviver com as outras reclusas, como Red (Kate Mulgrew), Nicky (Natasha Lyonne), Taystee (Danielle Brooks) e Crazy Eyes (Uzo Aduba). O que Piper não esperava era encontrar a ex namorada no mesmo lugar."
Baseada (muito) livremente no livro autobiográfico "Orange is the New Black: My Year in a Women's Prison", de Piper Kerman. Piper usou pseudónimos para a maior parte das pessoas retratadas.
Adorei as primeiras temporadas mas a partir de certo momento foi sempre a descer. (Talvez da terceira? Não me lembro bem.) Mantive-me fiel e vi todos os episódios mas confesso que fiquei contente por saber que a sétima temporada será a última. Ficou muito potencial por preencher e estragou-se uma série que poderia ter sido excelente mas, ainda assim, vale a pena ver (nem que seja só as primeiras temporadas).
Para quem tiver mais curiosidade, pode ver aqui as verdadeiras Piper e "Alex" 😛
Piper Kerman e Piper Chapman
Alex Vause e Nora Jensen/Cleary Wolters
PS: Não esquecer que a série difere bastante dos eventos reais. 😁
Série original Netflix, que retrata a história da maior poeta do período colonial do México, a Freira Juana Inés, também considerada "a primeira feminista da América, "a Fénix da América e "A Décima Musa".
Tem-se debatido sobre os poemas que Juana Inés escreveu para as vice-rainhas Leonor e Maria Luísa, os historiadores dividem-se sobre se estes versos serão declarações de amor ou apenas cortesia de Juana, dada a importância e poder das mesmas. A série opta pelo primeiro cenário, no que toca a Maria Lúsia. Já quanto a D. Leonor, é retratado na série que esta ter-se-ia apaixonado por Juana Inés, que não partilhava do mesmo sentimento.
São apenas sete episódios, algo lentos, mas muito interessantes, por se basearem em factos reais e mostrarem uma importante figura da nossa história. Bem filmada e com um excelente roteiro, recomendo!
Sinopse: "Paige (Gillian Jacobs) e Sasha (Leighton Meester) são duas amigas inseparáveis há décadas. Mas a amizade das duas é abalada pelo ciúme e a inveja, quando Paige começa a namorar um médico (Adam Brody), enquanto Sasha, lésbica assumida, sai com diversas garotas imaturas. Para piorar, a carreira profissional de Sasha não anda nada bem, enquanto a sua melhor amiga vive um ótimo momento no trabalho."
Como podem ver pela nota, não achei nada de especial, mas ainda assim é positiva. Filme leve, sobre uma amizade que passa por uma fase complicada. Não esperar que as protagonistas se envolvam, mulheres lésbicas e heteros podem ser amigas... e penso que é um ponto positivo deste filme não misturar as coisas. Também achei a premissa interessante, uma vez que acontece as amizades muito próximas sofrerem grandes alterações quando uma dessas pessoas começa uma relação e a outra continua solteira (independentemente de orientações sexuais). Ainda assim, o filme não me conseguiu captar, poderia ter sido feito algo muito melhor com esta mesma premissa.
Almost Adults | Sarah Rotella | 2016 | Canadá | Drama, Comédia | IMBD | Minha Nota: 6/10
Sinopse: "Um filme sobre crescer enquanto se está crescendo. A relação de duas melhores amigas se intensifica quando uma descobre mais sobre sua sexualidade e a outra termina o namoro de longa data com o namorado"
Acho que só gostei deste filme por ter as protagonistas de Carmilla. 🤔 Mas no fundo não é nada de especial. Fez-me lembrar o "Life Partners" que também não achei nada por aí além. Mas se gostaram desse provavelmente também gostarão de Almost Adults. Ah e não pensem que pela sinopse significa que elas se envolvem. That is not what this movie is about. Mas fiquem descansadas que a "amiga lésbica" encontra outras lésbicas pelo meio. xD
Realizado pela Sarah Rotella e escrito pela Adrianna DiLonardo, ambas das Pillow Talk Mondays, no canal de Youtube "UnsolicitedProject", anteriormente denominado de "Gay Women Channel".
No dia 17 de setembro estreou a série da TVI "Onde está Elisa?"
"A história centra-se no desaparecimento de Elisa Menezes, que abala profundamente a família. Com esta tragédia, os segredos mais obscuros dos familiares, amigos e pessoas que a conheciam vão sendo revelados. Todos desconfiam uns dos outros e culpam-se mutuamente. Os próprios pais, tios, primos, amigos e empregados da família chegam a ser considerados suspeitos."
Dentro do elenco de personagens temos o casal lésbico Alexandra Correia (Jessica Athayde) e Olívia Frazão (Paula Neves). Segundo um artigo que li, o casal protagonizou "cenas escaldantes" no 11.º episódio (dia 28/09). Mas segundo outro artigo afinal são "cenas sensuais, mas nada explícito", logo talvez não sejam tão escaldantes assim... 🤷♀️
"A relação de ambas vai desenrolar-se no meio de muitos mistério e dramas. Tudo porque Olívia vive um casamento de fachada e não consegue contar ao marido a sua paixão por Alexandra."
Acho que já vi este plot nalgum lado...🤔 E nem estava a falar da série "Donde está Elisa?" 😅 (a série "Onde está Elisa" é uma adaptação de uma série chilena com o mesmo nome. Existem, também, outras versões de outros países).
Descrição oficial das personagens:
"Olívia Frazão é consultora cultural da Fundação Menezes, é uma mulher culta, e inteligente. Vive um grande conflito interno pois descobriu recentemente uma nova paixão que ainda não conseguiu aceitar totalmente";
"Alexandra Correia é arquitecta e pintora, tem um temperamento forte e decidido e regressa de Londres, onde viveu muitos anos, para conquistar definitivamente a mulher por quem está apaixonada".
Como não vejo a série não sei se as personagens têm algum protagonismo ou se são completamente secundárias, nem sei a quantidade (e qualidade) de aparições das mesmas. Também não sei se as restantes personagens e a própria série vale a pena. Alguém acompanha? Recomendam?
Imagine Me & You | Imagina Só | Ol Parker | 2005 | Reino Unido | IMDB | Minha Nota: 7/10
Sinopse: "Heck e Rachel são a imagem do casal perfeito e estão prestes a casar, quando Rachel tem um encontro que vira a sua vida do avesso. Rachel apaixona-se à primeira vista e julga ter descoberto, verdadeiramente, o amor da sua vida. O que ela não esperava era que não se trataria do seu novo futuro marido, mas da sua futura mulher..."
Imagine Me and You é a típica comédia romântica das tardes de domingo, com o bónus de o casal protagonista ser um casal de mulheres, protagonizada por Piper Perabo (que também protagonizou Lost and Delirious) e Lena Headey (a Cersei de Game of Thrones). É muito leve, fofo e divertido, bastante recomendável para quem gosta de filmes do género. Não é uma obra-prima da 7ª Arte mas em termos de entretenimento cumpre bem com o que promete, e não existem assim tantas comédias românticas protagonizadas por um casal de mulheres, sendo, por isso, algo inovador. Nada de finais infelizes (tirando para o Heck, provavelmente 🤭), nada de mortes, nada de grandes homofobias... Apenas uma comédia romântica, leve, fofa e divertida, para descontrair e shiparmos e ficarmos felizes por este casal.
Preferia se não se tivesse usado o plot da "lésbica que ía casar com um homem e afinal já não gosta dele porque descobre que é lésbica"... foi uma pena ver o Heck a sofrer pela Rachel, mas mesmo assim não fica mal no filme, uma vez que ela deixa claro que eles sempre foram os melhores amigos e que acabou por confundir isso com amor romântico mas que sempre vai amá-lo enquanto uma das pessoas mais importantes da vida dela e o seu melhor amigo. Daí o final não tão feliz para o Heck... que sempre amou Rachel e que percebeu que ela não poderia ser feliz com ele, tendo sido bastante compreensivo apesar do desgosto. Numa nota positiva, ao menos não caiu no cliché da "lésbica que anda com um homem horrível e depois é salva por outra lésbica"... No final das contas, gostei muito do filme e é um filme que não me canso de ver. Um clássico dos filmes lésbicos. 😊
Life Is Strange é um jogo de aventura e mistério, dividido em 5 episódios, desenvolvido pelo estúdio francês Dontnod Entertainment e publicado pela Square Enix.
Foi lançado em 2015, nas plataformas Linux, Windows, OS X, PlayStation 3 e 4, Xbox 36, Xbox One. Em finais de 2017/inícios de 2018, foi também lançado para IOS e Android.
Trailer
Por explorar temas como bullying, depressão, suicídio, assédio e amizade em um ambiente escolar, "Life Is Strange" ganhou inúmeros prémios, como o BAFTA por Melhor História, o Peabody Award, o Golden Joystick pela melhor Performance do ano e o Games for Impact Award.
Chloe (esquerda) e Max (direita)
O jogo passa-se na cidade fictícia de Arcadia Bay. A história do jogo é mostrada na primeira pessoa, do ponto de vista da personagem Max Caulfield, que é controlada pelo jogador. Max, uma estudante de fotografia, descobre que consegue voltar atrás no tempo no momento em que sua melhor amiga de infância, Chloe Price, com quem não fala há 5 anos, leva um tiro. Sem saber dos perigos que rondam a cidade de Arcadia Bay e na Academia Blackwell, as duas logo passam a investigar o misterioso desaparecimento da colega de escola, Rachel Amber.
Apenas a personagem da Max é jogável. As escolhas do jogador vão ajustando a narrativa. Max e Chloe aparecem neste blog enquanto casal, mas não o serão necessariamente. Life is Strange é um jogo maravilhoso, essencialmente sobre amizade, mas tudo depende do ponto de vista e das escolhas do jogador.
Numa das várias narrativas possíveis, Max e Chloe são claramente mais do que amigas, mas também há a opção do jogador escolher Warren Graham como interesse romântico (outra personagem do jogo pela qual eu não optei... e que claramente está destinada a uma personagem chamada Brooke Scott... It's Pricefield all the way (!)... mas enfim, cada um faz as suas escolhas 😅) ou não optar por não haver romance nenhum no jogo. Portanto, em termos de orientação sexual, Max é o que o jogador quer que seja. Em termos de jogo sobre amizade vs. jogo sobre um casal de mulheres, também é o jogador que escolhe. (Se bem que o jogo foi levemente inspirado no Romance Gráfico "O azul é uma cor quente", so... 😅) Quanto a Chloe, qualquer pessoa que queira perceber, percebe que ela claramente gosta de mulheres (agora se é lésbica, bi, pan, whatever já não se sabe) e que rolou alguma coisa coisa entre Chloe e Rachel (ou que pelo menos a Chloe queria que rolasse 😅). Fizeram uma prequela sobre o passado de Chloe e Rachel (Life is Strange Before the Storm), em que Chloe é a personagem jogável e também é o jogador que decide se ocorreu algum romance entre as duas ou não.
Life is Strange é um jogo triste, mas muito bonito (nunca pensei que pudessem existir jogos que fizessem chorar 😅), e termina num grande dilema que o jogador terá de decidir... Before the Storm também é triste... também existe uma decisão final, mas as consequências não diferem tanto como na escolha final do primeiro jogo (e não foi tão bom quanto o primeiro mas gostei na mesma), e existe ainda um episódio bónus intitulado de "Farewell" que nos mostra Chloe e Max antes de Max ter ido para Steattle. Muito foto, mas final muito triste. De referir também que todos os episódios de todo o universo de Life is Strange têm uma banda sonoro maravilhosa! Adoro o jogo, adoro a banda sonora e recomendo tudo! 😁 Viciei completamente neste jogo a primeira vez que joguei, tendo jogado os 5 episódios seguidos... (parei para as necessidades básicas, vá, nomeadamente comer 🤪)
Foi ainda lançado o "Life is Strange 2" e existe o jogo que serviu de demo para este, com o título de "The Awesome Adventures of Captain Spirit", passados no mesmo universo, mas com outras personagens.
O site "Eurogamer" divulgou que será lançada uma série de banda desenhada de 4 volumes, pela Titan Comics, intitulada de "Life is Strange: Dust", que continua os acontecimentos do primeiro jogo de Life is Strange, seguindo um dos dois finais possíveis (ao que tudo indica "bae over bay" 😅). O lançamento está previsto para novembro de 2018, nos EUA.
Será também lançada uma série de tv, produzida pela Legendary Digital Studios, mas ainda não existe (que eu tenha encontrado,pelo menos) mais informações sobre a mesma.
Alguem por aqui que seja fã ou tenha ficado interessada em jogar? Para quem jogou, que final escolheram?
PS: Se quiserem adicionar-me na STEAM mandem mensagem. 😁 O meu jogo ainda não está completo na steam porque não gosto de comprar coisas sem saber se vou gostar delas, logo da primeira vez que joguei não tinha o jogo original...
PPS: Mas já comprei... 🙄 só que ainda não tive tempo de voltar a jogar todo 😥. Quem quiser comprar, pode fazê-lo AQUI. O 1º episódio, atualmente, é gratuito, logo podem ver primeiro se gostam. 😊
PPPS: Está bem assim ou devia ser antes PSS e PSSS? 🤔🤷♀️
PPPPS: para ouvirem a banda sonora é só clicar na imagem abaixo. 🎧