12/08/2018

The Fosters



Sinopse: "A série narra a história de uma família formada por duas mães, Stef e Lena. Juntas, cuidam dos filhos Brandon, filho biológico de Stef com Mike, seu colega de trabalho e ex marido, e Jesus e Marianna, filhos adotivos que foram abandonados pela mãe biológica ainda bebés. Um dia, Lena esbarra com Callie, uma adolescente problemática, e resolve acolher a menina. Callie provoca problemas de relacionamentos, e só se preocupa em resgatar seu irmão de sangue de 13 anos Jude, que também vive em um lar adotivo e sofre maus tratos."




Encontra-se já finalizada, após  5 temporadas e 104 episódios. Foi criado um spin-off com o nome de "Good Trouble", protagonizado por Callie e Marianna.

É uma série que aborda diversos temas de elevada importância e que eu gostei muito de ver apesar de achar que foi perdendo qualidade ao longo das temporadas, especialmente devido aos constantes dramas a rodear Callie, que tornaram a série bastante repetitiva e cansativa. 

As mães não tiveram tanto espaço na série quanto os seus filhos (que são o foco da série e até têm uma vida sexual mais completa que a das próprias mãe), e os filhos foram personagens que pouco se desenvolveram face ao que seria de esperar. 

Ainda assim, é uma série que vale a pena ver, pelos temas que aborda e por nos mostrar que uma família com duas mães é uma verdadeira família, onde existe amor e companheirismo e até dramas familiares como em qualquer outra família.

Contamos, também, com outras personagens LGBT, nomeadamente:

Jude, um dos filhos adotivos de Stef e Lina, irmão biológico de Callie, que se descobre homossexual ao apaixonar-se por Connor. Ao longo da série Jude também teve um relacionamento com Noah, e chegou a flertar com um colega youtuber chamado Declan;

Cole e Aaron, dois rapazes transexuais interpretados pelos atores transexuais Tom Phelan e Elliot Fletcher, respetivamente;

E ainda Ximena, que se começa a apaixonar por Callie com quem chega a trocar um beijo, momento desnecessário para a série e que me irritou bastante uma vez que ficou "esquecido em churrasco" e uma série como estas não merecia este queerbating.

Se me tiver esquecido de alguma personagem façam o favor de mencionar nos comentários.

De salientar, ainda, que o nosso casal de mães é um casal multirracial e que também foram abordadas questões raciais e culturais ao longo da série. 

A última temporada, tendo-se passado na mesma altura em que surgiam as notícias sobre a imigração nos EUA, não deixou de abordar este tema, de forma responsável e corajosa. 

Teve os seus altos e baixos, mas o último episódio (antes dos três episódios que fazem a ponte para com o spin-off "Good Trouble") lembra-nos perfeitamente do porquê de termos visto a série completa e de que irá deixar saudades. Adorei ver a passagem dos anos e as graduações de todos os filhos. 😊




Durante o decorrer da série, a ABC Family também lançou uma websérie spin-off de The Fosters, com o título de "The Fosters: Girls United". Em cinco episódios, seguimos as moradoras da casa das Girls United a um novo país. ("Girls United é uma das casas que acolhe jovens raparigas sem família, que Callie frequentou por uns tempos). Maia Mitchell, Daffany Clark, Cherinda Kincherlow, Annamarie Kenoyer, Alicia Sixtos, Hayley Kiyoko e Angela Gibbs formam o elenco da websérie.






My Days of Mercy

Mercy | Tali Shalom-Ezer | 2017 | Drama/Romance | IMDB




Sinopse: "A história gira ao redor de Lucy (Elliot Page), filha de um homem que está no corredor da morte, que se apaixona por Mercy (Kate Mara), uma mulher do lado oposto da causa política de sua família".


Estreou em 2017, no Festival Internacional de Cinema de Toronto, tendo integrado outros festivais em 2018. Ainda sem data de estreia oficial.



12/01/2018

Lip Service



Lembram-se da série "Lip Service"? Eu não... mas na altura (2013/2014?) vi tudo. 🤷‍♀️

A única coisa que me lembro é de haver comparações com "The L Word" e de ter achado a Frankie mais atraente do que a Shane (falando da atriz e respetiva caracterização na série e não tanto da personagem porque já nem me lembro...). 

Independentemente da minha (falta de) memória, supostamente temos aqui outro clássico! E acho que na altura até gostei da série. Ou pelo menos gostei de olhar para a Frankie. 🤔Avivem-me a memória com os vossos comentários sobre o porquê de terem gostado ou não desta série. 🙏


Para quem não conhece, deixo a sinopse:

Sinopse: "Frankie (Ruta Gedmintas), uma irreverente fotógrafa que evita toda a espécie de compromissos, volta a Glasgow para o funeral da tia, Carol. Órfã desde criança, ela foi criada pelos tios, que sempre a trataram como uma estranha. Depois de dois anos a viver em Nova Iorque, Frankie entra novamente em contato com o tio, Cameron (Tom Mannion), e com Cat (Laura Fraser), amante que ela abandonou quando a relação começou a ficar séria. Aparentemente bem resolvida, mas vive numa ‘montanha-russa’ emocional".


A série escocesa, que esteve no ar entre 2010 e 2012, teve um total de 12 episódios e duas temporadas. Acabou por ser cancelada devido à saída das atrizes protagonistas para outros projetos. 


Gypsy



Sinopse: "Sentindo-se cada vez mais incomodada com sua vida de casada pacata, a terapeuta Jean Holloway desenvolve uma fascinação secreta pela ex-namorada de um paciente".





Ouvi algumas críticas negativas sobre esta série e, honestamente, não as compreendo. Eu gostei muito e fiquei triste quando vi que tinha sido cancelada após a primeira temporada (com 10 episódios). 

Jean é uma personagem extremamente complexa, que estava apenas a aquecer, tendo começado a explodir no final da série, antevendo uma segunda temporada fantástica que, infelizmente, não chegou a acontecer.

Sidney é de facto fascinante, percebendo-se exatamente o porquê da fixação do paciente de Jean com a ex-namorada e essa mesma fixação em Jean que também acaba por desenvolver uma enorme atração por Sidney. 

Jean certamente que precisaria muito mais de terapia do que qualquer um dos seus pacientes.

Gypsy é uma série que recomendo, apesar das críticas negativas. A química entre as duas personagens é incrível e o enredo de suspense psicológico à volta da série e à volta de Jean está bem construído.





The Bisexual (série)

The Bisexual | 2018 - | Desiree Akhavan, Rowan Riley | Reino Unido | Comédia/Drama

Trailer em inglês




Sinopse:

"Após dez anos, Leila (Desiree Akhavan) vê chegar ao fim a sua relação amorosa com Sadie (Maxine Peake), sua companheira e sócia de empresa. Ao mudar de apartamento, a protagonista vê a sua vida tomar um novo rumo quando conhece o seu novo colega de casa — Gabe (Brian Gleeson), um romancista neurótico outrora bem-sucedido e cuja única colega de casa foi a sua mãe. 

É com a ajuda de Gabe que esta nova-iorquina passa a deambular pela cidade de Londres com um novo acrescento à sua sexualidade: figuras masculinas. Vemos então Leila a entrar numa espiral repleta de encontros com homens e mulheres. Atrelado a esta mudança, surge assim o sentimento agridoce de se assumir como bissexual perante a sua melhor-amiga Deniz (Saskia Chana) e restantes amigos. 

Sob o formato de comédia, é ao longo deste enredo que nos surge um retrato pronto a provocar o riso. The Bisexual propõe assim uma visão nua e crua deste “último tabu” — a bissexualidade — bem como todos os preconceitos, equívocos e estigmas que o cerca"

- Banco de Séries




A série estreou no dia 10 de outubro, no Reino Unido. A primeira temporada teve 6 episódios. Da mesma realizadora do filme "Appropriate Behavior" (Desiree Akhavan), que atua em ambas criações e que também realizou "The Miseducation of Cameron Post". Podemos também ver no elenco e protagonista do "Diário Secreto de Miss Anne Lister" (Maxine Peake)
.


11/24/2018

Becks

Becks | Daniel Powell, Elizabeth Rohrbaugh | 2017 | Drama, Musical, Romance | EUA | IMDB




Sinopse: Depois de um fim de namoro horrível, uma cantora e compositora de Brooklyn volta para a sua terra natal para morar com a mãe. À medida que ela anda pela cidade, onde toca por gorjetas no bar de um velho amigo, um relacionamento inesperado começa a ganhar forma.





Becks estreou em 2017 em alguns festivais, mas a sua estreia oficial foi em fevereiro de 2018. 



PS.: As fãs da Hayley Kiyoko podem vê-la neste filme 😛



Duck Butter

Duck Butter | Miguel Arteta | 2018 | EUA | IMDB




Sinopse: "Duas mulheres insatisfeitas com as mentiras e infidelidades de relacionamentos fazem um pacto de passar 24 horas juntas, na esperança de achar uma maneira nova de criar intimidade e vulnerabilidade".






Sem data de estreia em Portugal




The Feels

The Feels | Jenée LaMarque | 2017 | EUA | Comédia, Romance | IMDB | Minha Nota: 5/10





Sinopse: No fim de semana da sua despedida de solteira, uma das noivas revela inesperadamente que nunca teve um orgasmo.





A premissa é interessante. O filme não. Gostei da parte em que cada personagem falou sobre o seu primeiro orgasmo (ou falta dele). Seria uma boa ideia para um documentário. Não se aproveita mais nada.




The Miseducation of Cameron Post

The Miseducation of Cameron Post | Desiree Akhavan | 2018 | EUA | IMDB


Trailer Legendado

Sinopse: "Cameron Post (Chloe Grace Moretz) é enviada pela tia para um centro religioso que afirma curar jovens atraídos pelo mesmo sexo, mas para se submeter ou não ao suposto tratamento, a adolescente precisa antes descobrir quem é de fato."






Filme baseado no livro com o mesmo nome, de Emily Danforth. Ainda sem data de estreia em Portugal. 
Conhecido no Brasil como "O Mau Exemplo de Cameron Post".




Desert Hearts

Desert Hearts | Donna Deitch | 1985 | Drama, Romance | EUA | IMDB | Minha Nota: 8/10




Sinopse: "Vívian é uma professora de inglês reprimida que vai a Reno para um divórcio rápido em 1959, onde conhece Cay, uma jovem bonita que trabalha num casino. As duas desenvolvem uma amizade que desperta desejos em Vívian que ela não pode mais negar."




Um clássico "lésbico" dos anos 80. Recomendo!



11/14/2018

Murais pela Tolerância e Igualdade na Suleimânia, Iraque


Iniciativa da Rasan Organization, organização não governamental pela defesa das Mulheres e direitos LGBT+ no Iraque. A organização já teria pintado murais como estes em 2017, mas todos foram vandalizados. Não desistiram e conseguiram uma autorização do governo para pintar novos murais. A organização All Out angariou dinheiro com as doações dos seus membros para ajudar a Rasan a colorir a cidade com as cores da igualdade.








Ver algum completo (com 43 fotografias) AQUI. 😊

11/10/2018

Red (websérie)



Sinopse: As atrizes Mel Béart (Luciana Bollina) e Liz Malmo (Ana Paula Lima) conhecem-se durante as gravações de uma curta-metragem e acabam por levar para a vida real o envolvimento amoroso que vivem na ficção, como Scarlet e Simone.








 2014 - presente | Brasil 









Red foi a primeira websérie com temática lésbica do Brasil. À medida que foi ganhando fãs e aumentando de orçamento com o apoio dos mesmos, nota-se uma grande evolução na mesma. A banda sonora é incrível! Deixo a soundtrack oficial das 1ª e 2ª temporadas AQUI. Deixo a playlist mais completa que encontrei AQUI. Os episódios podem ser vistos nos links abaixo:













PS: Mais alguém tem uma crush na Ana Paula Lima? 🤔

Orange Is The New Black


Sinopse: "Piper Chapman (Taylor Schilling) é condenada a 15 meses de prisão por ter cometido crimes para a sua ex-namorada, a traficante Alex Vause (Laura Prepon) — que não vê há mais de uma década. Piper troca a sua vida confortável de Nova York, com o noivo Larry (Jason Biggs), pelo macacão laranja, e cumpre a sua sentença na Prisão Feminina de Litchfield. Para sobreviver, ela precisa de aprender a conviver com as outras reclusas, como Red (Kate Mulgrew), Nicky (Natasha Lyonne), Taystee (Danielle Brooks) e Crazy Eyes (Uzo Aduba). O que Piper não esperava era encontrar a ex namorada no mesmo lugar."



Baseada (muito) livremente no livro autobiográfico "Orange is the New Black: My Year in a Women's Prison", de Piper Kerman. Piper usou pseudónimos para a maior parte das pessoas retratadas.


Adorei as primeiras temporadas mas a partir de certo momento foi sempre a descer. (Talvez da terceira? Não me lembro bem.) Mantive-me fiel e vi todos os episódios mas confesso que fiquei contente por saber que a sétima temporada será a última. Ficou muito potencial por preencher e estragou-se uma série que poderia ter sido excelente mas, ainda assim, vale a pena ver (nem que seja só as primeiras temporadas). 



Para quem tiver mais curiosidade, pode ver aqui as verdadeiras Piper e "Alex" 😛


Piper Kerman e Piper Chapman



Alex Vause e Nora Jensen/Cleary Wolters






PS: Não esquecer que a série difere bastante dos eventos reais. 😁








Juana Inés (Minissérie)

Netflix | Biografia, História



Série original Netflix, que retrata a história da maior poeta do período colonial do México, a Freira Juana Inés, também considerada "a primeira feminista da América, "a Fénix da América e "A Décima Musa".

Tem-se debatido sobre os poemas que Juana Inés escreveu para as vice-rainhas Leonor e Maria Luísa, os historiadores dividem-se sobre se estes versos serão declarações de amor ou apenas cortesia de Juana, dada a importância e poder das mesmas. A série opta pelo primeiro cenário, no que toca a Maria Lúsia. Já quanto a D. Leonor, é retratado na série que esta ter-se-ia apaixonado por Juana Inés, que não partilhava do mesmo sentimento. 

São apenas sete episódios, algo lentos, mas muito interessantes, por se basearem em factos reais e mostrarem uma importante figura da nossa história. Bem filmada e com um excelente roteiro, recomendo! 



11/03/2018

Life Partners

Life Partners | Susanna Fogel | 2014 | EUA | IMDB | Minha Nota: 5/10 🤙


Sinopse: "Paige (Gillian Jacobs) e Sasha (Leighton Meester) são duas amigas inseparáveis há décadas. Mas a amizade das duas é abalada pelo ciúme e a inveja, quando Paige começa a namorar um médico (Adam Brody), enquanto Sasha, lésbica assumida, sai com diversas garotas imaturas. Para piorar, a carreira profissional de Sasha não anda nada bem, enquanto a sua melhor amiga vive um ótimo momento no trabalho."


Como podem ver pela nota, não achei nada de especial, mas ainda assim é positiva. Filme leve, sobre uma amizade que passa por uma fase complicada. Não esperar que as protagonistas se envolvam, mulheres lésbicas e heteros podem ser amigas... e penso que é um ponto positivo deste filme não misturar as coisas. Também achei a premissa interessante, uma vez que acontece as amizades muito próximas sofrerem grandes alterações quando uma dessas pessoas começa uma relação e a outra continua solteira (independentemente de orientações sexuais). Ainda assim, o filme não me conseguiu captar, poderia ter sido feito algo muito melhor com esta mesma premissa.

Almost Adults

Almost Adults | Sarah Rotella | 2016 | Canadá | Drama, Comédia | IMBD | Minha Nota: 6/10


Sinopse: "Um filme sobre crescer enquanto se está crescendo. A relação de duas melhores amigas se intensifica quando uma descobre mais sobre sua sexualidade e a outra termina o namoro de longa data com o namorado"



Acho que só gostei deste filme por ter as protagonistas de Carmilla. 🤔 Mas no fundo não é nada de especial. Fez-me lembrar o "Life Partners" que também não achei nada por aí além. Mas se gostaram desse provavelmente também gostarão de Almost Adults. Ah e não pensem que pela sinopse significa que elas se envolvem. That is not what this movie is about. Mas fiquem descansadas que a "amiga lésbica" encontra outras lésbicas pelo meio. xD


Realizado pela Sarah Rotella e escrito pela Adrianna DiLonardo, ambas das Pillow Talk Mondays, no canal de Youtube "UnsolicitedProject", anteriormente denominado de "Gay Women Channel". 


Carmilla (Livro)



Sinopse: Certa noite, após um acidente de carruagem, uma jovem muito atraente, Carmilla, uma das passageiras, é convidada a ficar hospedada no castelo da família de Laura para se recuperar. Carmilla é uma figura alegre e exótica, totalmente oposta a Laura. Entre elas desenvolve-se uma intensa e apaixonada amizade, mas os estranhos hábitos de Carmilla começam a despertar a curiosidade dos empregados. Quando uma "estranha doença" começa a conduzir à morte várias jovens da redondeza, Laura, cujas noites de sono são dominadas por terríveis pesadelos, procura descobrir os segredos da nova amiga e resistir aos seus encantos.


Alicerçada na tradição folclórica do Leste europeu e nas primeiras produções literárias sobre o tema, Carmilla (1872), de Joseph Sheridan Le Fanu, haveria de dar origem ao arquétipo do vampiro feminino na literatura universal. Exerceu um papel fundamental na elaboração de Drácula (1897), sendo considerada a obra que deu a Bram Stoker a ideia e a inspiração para escrever o seu romance.

A personagem Carmilla criou também o tropo de vampira lésbica, uma vez que Carmilla mostra sentir-se atraída pelas mulheres que escolhe como vítimas.


Pode adquirir o livro AQUI.


10/27/2018

Alexandra e Olívia (Série "Onde está Elisa?", TVI)

No dia 17 de setembro estreou a série da TVI "Onde está Elisa?"

"A história centra-se no desaparecimento de Elisa Menezes, que abala profundamente a família. Com esta tragédia, os segredos mais obscuros dos familiares, amigos e pessoas que a conheciam vão sendo revelados. Todos desconfiam uns dos outros e culpam-se mutuamente. Os próprios pais, tios, primos, amigos e empregados da família chegam a ser considerados suspeitos."



Dentro do elenco de personagens temos o casal lésbico Alexandra Correia (Jessica Athayde) e Olívia Frazão (Paula Neves). Segundo um artigo que li, o casal protagonizou "cenas escaldantes" no 11.º episódio (dia 28/09). Mas segundo outro artigo afinal são "cenas sensuais, mas nada explícito", logo talvez não sejam tão escaldantes assim... 🤷‍♀️




"A relação de ambas vai desenrolar-se no meio de muitos mistério e dramas. Tudo porque Olívia vive um casamento de fachada e não consegue contar ao marido a sua paixão por Alexandra."

Acho que já vi este plot nalgum lado...🤔 E nem estava a falar da série "Donde está Elisa?" 😅 (a série "Onde está Elisa" é uma adaptação de uma série chilena com o mesmo nome. Existem, também, outras versões de outros países). 


Descrição oficial das personagens:

"Olívia Frazão é consultora cultural da Fundação Menezes, é uma mulher culta, e inteligente. Vive um grande conflito interno pois descobriu recentemente uma nova paixão que ainda não conseguiu aceitar totalmente";

"Alexandra Correia é arquitecta e pintora, tem um temperamento forte e decidido e regressa de Londres, onde viveu muitos anos, para conquistar definitivamente a mulher por quem está apaixonada".


Como não vejo a série não sei se as personagens têm algum protagonismo ou se são completamente secundárias, nem sei a quantidade (e qualidade) de aparições das mesmas. Também não sei se as restantes personagens e a própria série vale a pena. Alguém acompanha? Recomendam? 






Imagine Me and You

Imagine Me & You | Imagina Só | Ol Parker | 2005 | Reino Unido | IMDB | Minha Nota: 7/10


Sinopse: "Heck e Rachel são a imagem do casal perfeito e estão prestes a casar, quando Rachel tem um encontro que vira a sua vida do avesso. Rachel apaixona-se à primeira vista e julga ter descoberto, verdadeiramente, o amor da sua vida. O que ela não esperava era que não se trataria do seu novo futuro marido, mas da sua futura mulher..."




Imagine Me and You é a típica comédia romântica das tardes de domingo, com o bónus de o casal protagonista ser um casal de mulheres, protagonizada por Piper Perabo (que também protagonizou Lost and Delirious) e Lena Headey (a Cersei de Game of Thrones). É muito leve, fofo e divertido, bastante recomendável para quem gosta de filmes do género. Não é uma obra-prima da 7ª Arte mas em termos de entretenimento cumpre bem com o que promete, e não existem assim tantas comédias românticas protagonizadas por um casal de mulheres, sendo, por isso, algo inovador. Nada de finais infelizes (tirando para o Heck, provavelmente 🤭), nada de mortes, nada de grandes homofobias... Apenas uma comédia romântica, leve, fofa e divertida,  para descontrair e shiparmos e ficarmos felizes por este casal.

Preferia se não se tivesse usado o plot da "lésbica que ía casar com um homem e afinal já não gosta dele porque descobre que é lésbica"... foi uma pena ver o Heck a sofrer pela Rachel, mas mesmo assim não fica mal no filme, uma vez que ela deixa claro que eles sempre foram os melhores amigos e que acabou por confundir isso com amor romântico mas que sempre vai amá-lo enquanto uma das pessoas mais importantes da vida dela e o seu melhor amigo. Daí o final não tão feliz para o Heck... que sempre amou Rachel e que percebeu que ela não poderia ser feliz com ele, tendo sido bastante compreensivo apesar do desgosto. Numa nota positiva, ao menos não caiu no cliché da "lésbica que anda com um homem horrível e depois é salva por outra lésbica"... No final das contas, gostei muito do filme e é um filme que não me canso de ver. Um clássico dos filmes lésbicos. 😊




10/13/2018

La vie d'Adèle

La vie d'Adèle | A Vida de Adèle | Abdellatif Kechiche | 2013 | França | IMDB | Minha Nota: 9/10




Sinopse: "Adèle tem 15 anos e, tal como todas as raparigas que conhece, namora com rapazes. Tudo aquilo em que acredita se altera quando o seu olhar se cruza com o de Emma, uma rapariga de cabelo azul, cuja visão da vida e do mundo é muito diferente da sua. Entre elas nasce um amor e desejo profundo que, apesar das dificuldades, as fará crescer e afirmar-se enquanto mulheres.



A vida de Adèle" é a adaptação cinematográfica do premiado Romance Gráfico "Le Bleu est une couleur chaude", de Julie Maroh (livremente feita, com muitas diferenças). O filme venceu a Palma de Ouro da 66.ª edição do Festival de Cannes, com a homenagem inédita, não apenas ao trabalho do realizador, mas também ao de Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos, as duas actrizes protagonistas.


Lembro-me da altura em que este filme foi anunciado. Não se falava de outra coisa, teve muito marketing à volta, proibições em alguns países e o alarido à volta da famosa cena sexual de 7 minutos. Lembro-me de ter elevadas expetativas para este filme.

Quando estreou, fui vê-lo ao cinema. Não valeu todo o alarido à volta do mesmo, mas gostei. Gostei muito. Mas gostei muito pela representação que faz de Adèle, muito poética e crua. O casal em si pareceu-me desapegado, a famosa cena demasiado mecânica e pouco realista. A relação delas era conturbada e nunca encaixaram bem na vida uma da outra. Mas, ainda assim, o filme é de uma beleza inegável. A simplicidade e crueza com que nos apresenta a protagonista (que transpira beleza até nas cenas de cabelo oleoso e em que está a chorar baba e ranho, ou simplesmente a comer), com que nos mostra a sua auto-descoberta à medida que vai passando da adolescência para a idade adulta, o realismo com que nos apresenta o seu quotidiano, tal como a grande química entre as duas atrizes, fazem deste um filme único. Ao longo do filme, nota-se bem o porquê de o realizador ter escolhido o nome de "La vie d'Adèle" para título do filme em vez do original "Le Bleu est une couleur chaude", dando o nome da atriz protagonista à personagem principal, assumindo estar perante uma verdadeira musa inspiradora.


Referi que o casal me parecia desapegado e depois disse que as atrizes tinham uma grande química... em que é que ficamos? 😅 Ora bem... química tinham, e muita, mas emocionalmente falando pareceu-me faltar qualquer coisa, e esse desapego, que me pareceu ter mais a ver com as muitas diferenças entre as duas e na forma como cada uma via e vivia a vida, vai-se revelando cada vez mais ao longo do filme.

Devo dizer, ainda, que, para além das cenas sexuais apelarem mais ao público masculino, o filme também cai no cliché da "lésbica que trai a namorada com um homem". No entanto, creio que neste caso, o sexo do "objeto" da traição seja irrelevante, uma vez que dá para perceber que se deveu à solidão e à falta de atenção sentida por Adèle, à distância entre as duas e às inseguranças de Adèle em relação a Emma e Lise.. Emma também aparentou ficar mais irritada pelo facto de se tratar de um homem do que pela a traição em si... Claro que isto não justifica uma traição (que deve ser vista em igual medida quer seja com um homem ou com uma mulher...), mas explica a atuação de Adèle e retira as suas atuações de um mero capricho, como muitos filmes retratam (vide "The kids are all right"). Para além disto, pareceu-me que o filme dá indícios de que Emma também andava a trair a Adèle com a Lise, o que seria, no mínimo, hipocrisia por parte de Emma, e transmite a ideia de que trair com um homem é mau, com uma mulher nem por isso, ou menos mal... (ideia incorreta, a meu ver).




Poderão surgir dúvidas, também, quanto à orientação sexual de Adèle, não que seja relevante, mas a título de mera curiosidade... a sua reação à sua relação com Thomas indicou que Adèle não se sentia atraída por homens, no entanto acaba a trair a namorada com um. Pareceu-me que foi por mera carência e entrega a alguém que mostrava gostar dela, já que não se sentia valorizada por Emma. Basicamente a "falta de carinho" e a solidão que sentia fez com que se deixasse levar pela primeira pessoa que lhe deu atenção. Diria, portanto, que Adèle é lésbica, mas que nunca se sentiu plenamente à vontade com a sua sexualidade, parecendo querer guardar a sua relação apenas para si, num mundo à parte. De notar a diferença do à vontade com que protestou por uma melhor educação e a reserva e desconforto com que se apresentou nos protestos pelos direitos LGBT.



Gostaria mais se tivesse seguido o enredo da banda desenhada. Se bem que teríamos uma história mais trágica do que a que nos foi apresentada, ainda que o final deste filme também não tenha sido propriamente feliz.

De referir, também, toda a polémica que houve em relação ao descontentamento das atrizes perante as exigências do realizador em relação à longa cena sexual e a cena da estalada que tiveram de ser "repetidas incessantemente", levando as atrizes à exaustão.  

Qualquer coisa que não concordem, sintam-se à vontade para deixar a vossa opinião nos comentários. 😊





9/29/2018

Pinturas de Egon Schiele

 "Two Girls", 1911


"Female Lovers", 1915


Two Women Embracing, 1915

Pinturas de Leo Putz

"Manhã"

"Behind The Scenes", 1905

Guercino e as Mulheres à Conversa...

"Two Women Seated"

"Two Young Women in Conversation"

"Two Young Women, One Wearing Turban, in Conversation"





Gabrielle d'Estrées e a Duquesa de Villars, 1594 (autor desconhecido)



Há quem diga que este quadro representa Gabrielle d'Estrées e uma das suas irmãs, Duquesa de Villars, explicando-se o gesto representado como a anunciação de uma gravidez. No entanto, é um quadro muito usado em obras lésbicas e essa explicação da irmã e da gravidez deixa muito a desejar... 😅


"Deux femmes enlacées", Auguste Rodin, 1908


O Sono, Gustave Courbet, 1866



Ilustração de Kunisada, "Lesbians having sex by a harikata" , 1840


Ilustração de Katsushika Hokusai, 1821



Mulheres nas Ilustrações de Felix d'Eon


Barbary Coast

Southern Love

Winter Kisses II



Para (muitas) mais ilustrações lésbicas de Felix d'Eon (83 ao todo) podem ver o albúm na página do facebook do Arquivo LésBico AQUI. Aproveitem e deixem o vosso like! 😁🙏